De acordo com uma pesquisa em andamento, usuários de Cannabis podem apresentar um "perfil de citocinas inflamatórias mais saudável, maior sensibilidade à insulina e níveis mais altos de atividade física" em comparação com não usuários, fatores que podem estar associados a um risco potencialmente menor de diabetes mellitus.
O estudo SON523
Uma pesquisa em andamento conduzida pela Dra. Angela Bryan, psicóloga e professora da University of Colorado, Boulder, nos Estados Unidos, sugere que usuários de Cannabis podem ter um perfil de citocinas inflamatórias mais saudável, maior sensibilidade à insulina e níveis mais altos de atividade física, fatores que podem estar associados a um risco potencialmente menor de diabetes mellitus.
No estudo SONIC, os pesquisadores levantaram a hipótese de que esses perfis inflamatórios melhorariam em quatro semanas, principalmente para quem utilizasse produtos com canabidiol (CBD). A Dra. Angela apresentou os achados da pesquisa na 84ª edição das sessões científicas da American Diabetes Association (ADA).
Outro estudo recente da Dra. Angela e sua equipe explorou os efeitos agudos da Cannabis nas respostas de usuários regulares durante a prática de exercícios físicos. Descobriu-se que o uso de Cannabis antes do exercício pode aumentar o prazer e os sintomas de euforia do praticante, embora também cause uma maior sensação de esforço. Esses efeitos positivos podem tornar a prática de exercícios mais atraente para pessoas com diabetes mellitus ou em risco de desenvolvê-lo.
Outra descoberta do estudo indicou que as formas de Cannabis com predominância de canabidiol estão relacionadas a uma redução aguda da tensão, o que pode levar a uma redução prolongada da ansiedade. Essas descobertas podem ser relevantes no contexto do estresse associado ao diabetes.
No estudo SONIC, os usuários regulares de Cannabis tinham em média 30 anos de idade, um índice de massa corporal (IMC) saudável e eram predominantemente brancos e do sexo masculino. Foram comparados a um grupo semelhante de não usuários de Cannabis por pelo menos um ano. A alimentação dos participantes no início do estudo mostrou uma necessidade de melhora, mas eles se destacaram em termos de atividade física.
Após quatro semanas, não houve alterações nos marcadores inflamatórios dos participantes, mas o que se destacou foi a diferença significativa entre os usuários e não usuários de Cannabis, com os usuários apresentando níveis mais baixos de biomarcadores inflamatórios circulantes. A exceção foi o aumento dos níveis de MCP-1, que têm associação positiva com o diabetes.
Apesar dos ajustes realizados, não foi observado nenhum efeito crônico do uso da Cannabis na sensibilidade à insulina dos participantes.
A equipe atualmente está em uma próxima etapa da pesquisa, buscando obter uma resposta aguda à Cannabis por meio de um teste de tolerância à glicose oral realizado imediatamente após o uso de algum produto. Devido à classificação da Cannabis como uma droga de classe 1 nos Estados Unidos, a pesquisa está sendo conduzida utilizando um laboratório móvel chamado CannaVan. Os participantes são coletados em suas casas, têm seu sangue coletado e retornam para casa para o uso do produto, sendo avaliados posteriormente. Os resultados serão divulgados em um futuro próximo.
A Dra. Angela Bryan afirmou não ter conflitos de interesses relacionados à pesquisa.
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