Helena, uma criança de nove anos diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma das várias pacientes beneficiadas pelo tratamento com cannabis proporcionado pela Lei Municipal nº 3.879/2023, conhecida como Lei Ana Carolina. Desde o final de 2023, o Sistema Único de Saúde (SUS) de uma cidade no Paraná disponibiliza medicamentos à base de cannabis especificamente para pacientes com TEA.
A mãe de Helena, Carla, relata que a cannabis, embora não seja uma cura para o autismo, tem amenizado problemas como comorbidades e comportamentos desafiadores. Antes do tratamento, Helena sofria com autoagressão, dificuldades na fala e comportamentos repetitivos. Após o início do uso do medicamento à base de cannabis, esses sintomas diminuíram significativamente.
A Lei Ana Carolina é uma resposta à necessidade de tratamentos alternativos para pacientes com autismo. Ela permite que cerca de 50 pacientes com TEA tenham acesso gratuito a medicamentos à base de cannabis. Essa iniciativa está impactando positivamente as famílias, que agora podem realocar os recursos anteriormente destinados ao tratamento para outras necessidades de seus filhos, como consultas médicas, terapias e atividades de lazer.
O vereador responsável pela aprovação da lei, Lucas Silva, destaca a importância da ciência, da medicina e do direito à saúde na tomada de decisões. Ele acredita que proporcionar tratamentos alternativos como esse é uma obrigação do poder público para garantir o bem-estar e a qualidade de vida dos cidadãos.
Com o sucesso da Lei Ana Carolina, a cidade está se tornando um exemplo de referência na distribuição de medicamentos à base de cannabis para autistas. A associação de pais e responsáveis por crianças com autismo está desenvolvendo parcerias com instituições locais para a produção do óleo de cannabis. Essas parcerias envolvem universidades e laboratórios especializados, ajudando a expandir o acesso a medicamentos de qualidade.
Atualmente, o foco está em estabelecer uma linha de produção eficiente e segura dentro de uma universidade local. A expectativa é de que, em pouco tempo, o óleo de cannabis esteja disponível para mais pacientes, proporcionando alívio e bem-estar para um maior número de pessoas com autismo.
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