Enfrentando o Câncer Terminal com Determinação e Cannabis
A história inspiradora de Isabel Veloso na Internet nos últimos anos é uma fonte de motivação. Mesmo enfrentando um câncer terminal aos 18 anos, ela está consciente das implicações dessa doença.
"Embora a doença esteja em estado de remissão, sei que é traiçoeira. Uma vez que a disseminação comece, não haverá mais volta. Isso me assusta", comenta Isabel Veloso.
No ano de 2021, Isabel foi diagnosticada com linfoma de Hodgkin e precisou realizar um transplante de medula óssea aos 15 anos. O tratamento foi bem-sucedido e indicou a cura. No entanto, no início de 2024, a doença retornou, frustrando as expectativas de familiares e amigos ao se manifestar como um caso terminal de câncer. Após analisar cuidadosamente os resultados dos exames, a médica estabeleceu uma estimativa de vida até julho deste ano. Até o momento, Isabel encara os dias com angústia, mas também com determinação em aproveitar ao máximo o tempo que lhe resta, de acordo com a perspectiva médica.
Situação atual
Seis meses se passaram e as condições de Isabel, agora com 18 anos, estão estáveis. Os tumores cancerígenos que chegaram a se espalhar pelo tórax e pescoço, medindo 17 e 4 centímetros, respectivamente, agora têm apenas 6 milímetros.
"A única explicação para essa melhora são os efeitos da cannabis em combinação com os resquícios da imunoterapia", relata Isabel, que iniciou o uso medicinal da maconha em fevereiro. Ela também destaca a importância da terapia, além do apoio do marido e familiares, que desempenham um papel ativo em sua vida.
Além de retardar o crescimento do tumor, essa medicação também auxilia no alívio da dor. Diariamente, Isabel consome 20 gotas de CBD e THC, concentrados em um óleo com 6 mil miligramas. "Em momentos de crise, essa dosagem aumenta para 30 gotas", comenta ela.
Isabel enfrenta também o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e ficou inicialmente surpresa com o impacto positivo do uso do óleo de cannabis. "Sinto que a cannabis tem ajudado muito mais na minha saúde emocional do que qualquer outro remédio. Hoje, é a única medicação que utilizo para tratar minha ansiedade", relata a jovem.
O TAG, caracterizado por nervosismo e preocupação excessiva, interferia na comunicação de Isabel com seus 3 milhões de seguidores nas redes sociais. Antes, todos os comentários negativos a afetavam profundamente. No entanto, após o uso da cannabis, Isabel confessa que começou a se expor mais, mostrando sua vida de forma natural e lidando com as pessoas da melhor maneira possível.
Além da ansiedade, Isabel também lidava com os sintomas da depressão. "Nunca comentei isso no Instagram, mas desde os 11 anos de idade, sofria com sintomas depressivos e cheguei a tentar suicídio algumas vezes. Hoje, consigo ter um controle melhor dessas emoções", revela a jovem.
Um processo de aprendizado
Com um sorriso no rosto, Isabel brinca que superar todas as dificuldades exige muita terapia. "Aprendi que nosso bem-estar emocional tem um grande impacto em nossas vidas. Mas, na verdade, nós que precisamos dominar nossas emoções. Compreendo todos os meus sentimentos e o porquê das situações que estou vivenciando. Sempre tento ser racional para resolver tudo", explica.
"O ser humano é movido mais pelas emoções do que pela razão. Há momentos em que não me sinto bem e o tumor cresce, mas depois diminui. Minha doença é reativa, então preciso ter um controle emocional muito bom", destaca ela.
Isabel aproveita ao máximo todas as experiências em sua realidade incomum. "Hoje, tenho uma disposição muito maior e uma vontade imensa de viver a vida. O canabidiol me estimula a buscar coisas novas".
Estudo revela benefícios potenciais da cannabis para pacientes com câncer
Uma pesquisa recente publicada na renomada revista científica Cancer Research (clique aqui para ler o estudo) apresenta descobertas promissoras sobre a relação entre a cannabis e o tratamento do câncer. Os cientistas analisaram dados de diversas fontes, incluindo estudos clínicos e relatos de pacientes, para investigar como os compostos ativos da cannabis, especialmente o THC e o CBD, interagem com as células cancerígenas e os sintomas associados aos tratamentos.
Surpreendentemente, as descobertas indicam que a cannabis pode proporcionar benefícios significativos para pacientes com câncer. Uma das conclusões mais notáveis do estudo é a capacidade da cannabis de aliviar os efeitos colaterais debilitantes da quimioterapia e radioterapia, como náuseas, vômitos, dor e perda de apetite.
Além disso, os pesquisadores observaram evidências promissoras de que certos compostos da planta podem inibir o crescimento e a disseminação das células cancerígenas em alguns tipos de câncer, abrindo assim uma nova via terapêutica no combate à doença. Esse estudo destaca o potencial valioso da cannabis como um complemento no tratamento do câncer.
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